A cobertura da população de Campinas pelas Equipes de Saúde da Família aumentou de cerca de 47,5% no primeiro quadrimestre para quase 60% no segundo quadrimestre. Foram incluídos no programa mais 158 mil habitantes. O anúncio foi feito pelo prefeito Jonas Donizette durante transmissão ao vivo na internet.
Os dados fazem parte do 2º Relatório Quadrimestral de Gestão, da Secretaria Municipal de Saúde. O documento traz diversos indicadores da Pasta para o período de maio a agosto.
Atualmente, a metrópole conta com 209 Equipes de Saúde da Família - eram 163 no primeiro quadrimestre e 128 em 2019.
“Mesmo durante a pandemia nós tivemos um aumento das equipes. Isso aconteceu porque foram contratados 302 profissionais”, disse o prefeito. Foram admitidos 175 servidores por concurso público; 46 residentes do Programa Mais Médicos Campineiros; e 81 médicos do Programa Mais Médicos para o Brasil, do governo federal.
As equipes atendem nos centros de saúde, com médicos, profissionais de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Também fazem atendimentos em domicílio. Cada equipe é referência para cerca de 3,5 mil pessoas.
“É muito bacana estar terminando um governo tendo atingido este objetivo. Nós trabalhamos muito para isso”, disse o secretário de Saúde Carmino de Souza.
Mais equipamentos para a saúde
No segundo quadrimestre deste ano, a Rede Municipal adquiriu cerca de 5,5 mil equipamentos para a Atenção Básica, como aparelhos para medir pressão, eletrocardiogramas, monitores, entre outros, com a intenção de qualificar o atendimento à população.
A meta era adquirir 4,9 mil equipamentos durante o ano todo. Se somarmos este balanço com o do primeiro quadrimestre (quando foram adquiridos 3.465 equipamentos), o número alcança 8.950 equipamentos.
Na Atenção Especializada, a meta de equipamentos a serem comprados era de 153. Juntando os dois quadrimestres foram adquiridos 189 equipamentos.
Testes de HIV e Hepatite C
Campinas também superou a meta de realização de testes sorológicos para HIV. A meta era aumentar em 15% ao ano. Porém, no segundo quadrimestre, já foram feitos 44.485 exames. Quase que o mesmo número do ano passado inteiro, quando foram realizados 46.651.
Com relação à hepatite C, cuja meta de testes era de aumentar 10% ao ano, já foram feitos 30.558 exames nesse quadrimestre. No mesmo período do ano passado foram realizados 23.299.
Medicamentos
A rede Municipal de Saúde está abastecida com 91% dos medicamentos da cesta básica. De acordo com o secretário de Saúde, a cesta tem mais de 300 remédios. “O número regular do Rename (Relacão Nacional de Medicamentos Essenciais) fica em torno de 130 medicamentos, mas nós temos mais que o dobro na nossa cesta”, comentou.
O secretário ressaltou a importância do abastecimento estar com o índice de 91%. “Foi muito difícil. Pandemia, mercado extremamente instável, dólar muito elevado, e nossos insumos estão muito atrelados ao dólar. Foi um trabalho muito importante conseguir atingir este alvo. Eu sempre disse que nunca chegaremos a ter 100% dos remédios porque não depende só da Prefeitura. Dependemos de ter matéria prima, da importação da matéria prima”, explicou Souza.